sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lembranças de Guilherme

Conheci o Guilherme e o Beto muito pequena, em Recife. Eram "os primos do Rio". Lembro que gostei deles, de cara!
Mais tarde, quando eu também morava no Rio, meus primos eram figuras especiais para mim. Adorava brincar com eles. Eram super inventivos!
Com o Gui, em particular, lembro que ele adorava tirar uns sarros da minha cara. Um dia inventei na escola que estava com dor de barriga. Fiz um drama tal que tiveram que vir me buscar. Quem veio? O primo Gui. Ele já chegou rindo, com aquela risada moleca dele, e me olhou com uma cara de "te conheço bem!" Eu ainda tentei fazer cara de dor mas, quando cheguei lá na casa da tia Eli, a felicidade foi total, de modos que eu esqueci completamente da dor de barriga. No quarto dos primos havia uma coleção gigantesca de gibis: O Tico-Tico e tantas outras mais, cheias de aventuras! Claro que o Guilherme não gostava de me emprestar, pois acho que tinha ciúme. Mas terminava me emprestando. Que felicidade,foi um dia ótimo!
Lembro também do "Bagunça". Que beleza, uma história em quadrinhos perfeita, colorida, feita inteirinha por meus primos! E havia um personagem do Guilherme que era "O Onça"- Cuidado com o Onça, que ele avonça! E eu morria de rir!
Mais tarde lembro de umas férias que eles foram passar no Rio, quando já moravam de novo em Recife. Nessa época o primo gostava muito de me causar nojo, se divertia! Na hora do almoço cantava uma música que era assim: "Vomitaram em mim, foi macarrão; tinha tomate, tinha repolho e pimentão... e um caroço de feijão. O meu nojo foi profundo e eu fiquei todo imundo, ai meu Deus que horror!E apesar de vomitado, com o sapato furado eu pisei no cocô!" Eu com cara de nojo e ele rindo, rindo,com aquela cara que conhecemos todos. Também nessas férias fomos eu, o Romildo e os primos, assistir um filme de cowboy lá no Politheama,(o pulgueiro do Largo do Machado). Eu fui a única barrada, pois o filme era impróprio até 14 anos. Bem que eu tentei convencer o porteiro de que era mais velha fazendo uma voz de "mais velha". Mas ele disse:"Não adianta fazer essa voz que eu sei que tu é criança!" Bem, só me lembro da cara do Guilherme: Ele ria,ria de chorar! Eu voltei pra casa com o rabo entre as pernas e ainda tive que aguentar vários dias a gozação dele.
Mas, como a vida seria sem graça sem essas coisas,né? Guardo essas recordações com muito carinho.
-Primo Gui,você faz muita falta!


enviado por Regina Aragão

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